Epitafio de Richelieu:
Yace aquí el gran cardenal
que hizo en vida bien y mal:
el bien que hizo, lo hizo mal;
el mal que hizo, lo hizo bien.
***
No me importa la mentira, pero odio la inexactitud. Butler, Note-Books
***
Fontenelle, al morir, a los cien años:
No siento nada, salvo una ligera dificultad para seguir viviendo.
Lendo entrevista que José Bustani concedeu ao Globo, publicada neste sábado, é possível saber porque os Estados Unidos insistiram tanto para que ele fosse removido da direção da Opaq (Organização para a Proscrição de Armas Químicas). O homem é um perigo pois está convencido de que Saddam Hussein é um santo, capaz de não ter produzido nem só uma ampola de varíola desde que foram destruídas suas armas químicas em 1998 pela própria ONU. De lá pra cá, o ditador iraquiano absteve-se de tal produção, homem bonzinho que é.
Se o mundo dependesse do sr. Bustani, estaríamos todos fritos em função da benevolência do ex-diretor da Opaq para com o terrorismo. Arriscaria dizer que ele não teme a Al Qaeda e confia num hipotético bom senso da turma do Bin Laden. Mas o melhor da entrevista é quando Bustani diz que as organizações internacionais estão enfraquecidas e que os EUA são os principais responsáveis pelo processo que supostamente vem diminuindo a importância delas no mundo.
Ele só pode estar brincando.
As organizações amparadas pela ONU, ao contrário do que quer fazer crer o diplomata, estão mais atuantes do que nunca, determinando o que cada país deve fazer e como fazer em vários aspectos, do protocolo de Kyoto ao desarmamento civil, das cotas raciais ao Tribunal Penal Internacional. Uma atuação que sequer sonhou um dia a Casa Branca e seus malvados "falcões". Bustani na Opaq Nunca Mais!
Thackeray a un reportero que le pide una entrevista: "soy un caballero amante de su privacidad, señor."
"El mundo material es una ficción; pero cualquer otro mundo es una pesadilla", Santayana, Letters
Inscripción grabada en un banco de la capilla San Pedro Alcántara: "Aquí juramos amor eterno, pero Dios no lo quiso."
Cartel en la puerta de una iglesia evangelista de Montevideo, invitando a la entrada: "Gran concentración de milagros".
Las ideas (que nacen dulces) envejecen feroces, Villiers de l´Iisle-Adam
Ao contrário do que suponham os poetas e os jovens (numa palavra: os românticos), a loucura significa a morte da consciência individual. Enlouquecer é mergulhar na noite impessoal e coletiva - não sendo coincidência que todos os loucos afinal se pareçam, em agressividade ou delírio ao paso que os lúcidos são infelizes cada um à sua maneira.
De Braz, Quincas & Cia. (Companhia das Letras, 2002, 171pag.)
Pancho Villa andaba siempre con un periodista americano que le escribía todo, discursos, declaraciones, etc. Llega el día en que recibe un balazo mortal: se vuelve hacia el periodista y le pregunta: "Amigo, cuáles fueron mis últimas palabras?".
Comunicado por Manuel Peyrou, do livro De Jardines Ajenos, Bioy Casares (Temas Grupo Editorial, Buenos Aires).
Um erro do Ibope na última pesquisa feita na eleição gaúcha foi o bastante para uma gritaria geral dos petistas, os derrotados lá. É que quando um candidato do PT perde, algo deve ter acontecido de muito grave e, no caso, a RBS, que veiculou a pesquisa, foi acusada de "acertar" os números com o Ibope para prejudicar o candidato do partido.
O assunto foi parar no Observatório da Imprensa. Em primeiro plano, com destaque, três funcionários públicos gaúchos tiveram seus artigos publicados acusando a RBS e o Ibope de macular as eleições no RS. São eles Gilmar Antonio Crestani, Rogério Almeira e Walter K. Chagas. No final da página, bem maos abaixo e escondido, o presidente da RBS, Nelson Sirotsky, fez a defesa da emissora e esclareceu melhor o assunto.
Mais uma vez, ficou evidente o favorecimento do Observatório aos petistas. Além do destaque maior dado aos que acusam a RBS, foram três ataques contra apenas uma defesa. A parcialidade do serviço de Alberto Dines fica mais clara quando notamos que sua editora-assistente, Marinilda Carvalho, militante esquerdista histórica, comentou o assunto em seu site pessoal, fazendo exatamente os mesmos ataques do pelotão de servidores públicos chamados em auxílio do PT pelo Observatório.
Que a RBS devia estar louca para ver o PT fora do governo gaúcho, disso não tenho a menor dúvida. Eu iria estranhar se o empresariado local tivesse outro desejo que não fosse esse. Mas daí a dizer que os Sirotsky articularam um esquema com o Ibope para beneficiar Germano Rigotto é muito cinismo e cara-de-pau. O PMDB sequer precisava de uma armação para ganhar. Ainda que a diferença de votos tenha sido menor do que a prevista pelo Ibope, a derrota de Tarso Genro já me parecia consolidada uma semana antes do pleito.
Mas todos têm o direito ao choro. O que se esperava (que ingenuidade), porém, do Observatório, era menos favorecimento aos defensores da tese do complô. Mas como praticar o contrário tendo dentro dele uma editora-assistente como principal interessada nos ataques à RBS e ao Ibope? Seria melhor, nestes casos, que Alberto Dines encaminhasse seus leitores ao blog da sua subordinada [marinildadas.blogspot.com].
Asuquf again!
Recebo nova colaboração sobre o caso da suposta entrevista do terceiro da Al Qaeda à Al Jazeera, desta vez do leitor Nelson B. Vejam o que ele comenta:
Não existe o tal Sr. Asuquf! Este texto é que é puro terrorismo! Se procurarmos no GOOGLE referências a ASUQUF, só vai aparecer uma dúzia de blogsites brasileiros. Nada em sites jornalísticos internacionais! Até 4/11, só aparecia em apenas 2 sites (ambos de blog) ! Já tentou ler ASUQUF ao contrário? Vou lhe poupar o trabalho: FUQ USA ! Além de outras incongruências no texto - por exemplo, onde já se viu uma organização que tenha no primeiro escalão mais do que uma dezena de pessoas, se tanto? E por aí vai... Pra bom entendedor...O terror existe e é real. Não vamos contribuir para ele disseminando inverdades! Mais do que nunca, PAZ e AMOR!
Para mais detalhes sobre o assunto, leia "A entrevista ainda rende", post de quarta-feira, 6 de novembro.
A redução do ser humano a membro de uma imensa manada que se move de acordo com os sinais de alguns líderes sempre fez parte de qualquer projeto coletivista, tenha ele sido idealizado por Hitler, Stálin, Mao, Pol Pot, Kim Il Sung ou Fidel Castro.
No Brasil, estes projetos e suas variantes vêm ganhando força respaldados na educação pública e privada. Engana-se quem acredita que, a partir da vitória do PT, eles tomarão conta das escolas e das academias. A ascenção do petismo deverá apenas ampliar algo que já está muito bem disseminado no país, entre crianças e adolescentes. Trata-se de um caminho sem retorno.
Em qualquer apostila do elenco de livros recomendados pelo MEC às escolas federais, é possível perceber a visão de luta de classes de seus autores, ora enfatizando o racismo no Brasil, ora estimulando a interpretação de que o país é dividido entre uma elite sórdida e um povo trabalhador oprimido. E devemos isso aos oitos anos de tucanato.
Nelas, o capitalismo é um regime econômico medonho, que amplia a "exclusão social", enquanto o socialismo busca justamente a eliminação das diferenças de classe, fazendo com que todos vivam igualitariamente, fraternalmente, num paraíso sem pobreza e sofrimento. Não preciso dizer que todos os perversos efeitos do socialismo e suas variantes, quando aplicados na prática, não são sequer motivo do mais tênue exame por parte dos educadores, pedagogos e professores deste país.
Mas o Brasil segue em alta velocidade rumo ao comunismo, sem qualquer anteparo intelectual, acadêmico, partidário ou de mídia que mude seu triste caminho. Apenas como mais um exemplo da tragédia que se avizinha, comento abaixo um texto a mim enviado pelo Ricardo Dornelles, generoso leitor gaúcho desta página, preocupado com a educação dos filhos.
O texto é de autoria de Camilo Birk, assistente da 1ª série do Ensino Médio do Colégio Anchieta, bacharel em Filosofia e Teologia. Tendo como oportunidade a realização da Semana Anchietana, ele escreve coisas como estas (meus comentários estão colocados em itálico ao lado de cada parágrafo):
[Sobre as atividades da Semana Anchietana]"..é possível, no entanto,compreender, de forma apropriada, os objetivos destas atividades que acontecem ente nós quando são concebidas em sua sintonia com o projeto político-pedagógico que move esta instituição de ensino". O termo político-pedagógico aplicado logo no início da carta do professor Birk quer dizer a supressão irrestrita da pluralidade de idéias e conceitos e da discussão dos mais variados programas e estudos que devem formar um pesquisador isento e preparado para admitir ou refutar de forma independente o que quer que venha a ser objeto de sua análise. Já está claro aqui, que a intenção pedagógica é a de enquadrar as crianças dentro de métodos incontestáveis, a fôrma da qual nascerão futuros doutrinadores coletivistas, moldados entre uma massa de idiotas "solidários".
"Movidos por estes ideais, não cultivamos o hábito de incentivar a competição, o individualismo, a meritocracia, razões pelas quais não premiamos heróis individuais ou o sucesso pessoal". Ao eliminar qualquer distinção pessoal entre os alunos, todos acabam submetidos à voz do doutrinador, sem que nenhum deles sinta-se capaz de molestá-lo intelectualmente por aquilo ensinado. O objetivo é o de impedir o surgimento da rebeldia, sufocando a contestação e nivelando por baixo as aptidões pessoais de cada um. Na sociedade coletivizada, não há lugar para as diferenças.
O texto tem outros trechos muito interessantes mas não tenho tempo para comentá-los com mais profundidade, nem tenho eu a capacidade intelectual para melhor analisá-los. Um Meira Penna aqui iria deitar e rolar mas vocês terão que se contentar com um Sandro Guidalli. Quem quiser o texto, porém, pode solicitá-lo pelo e-mail guidalli@terra.com.br. Para encerrar, digo apenas que o Colégio Anchieta e seus pedagogos são maioria no Brasil de hoje e, com a ajuda dos meios de comunicação e da chamada cultura de massa, acabarão em pouco tempo por atingir seus objetivos de supressão do individualismo e de todos os valores capitalistas ocidentais que ainda, em certos aspectos, reconhecemos na sociedade brasileira. E assim marchamos para o futuro que tanto temia Fiódor Dostoievski.
A agência EFE está distribuindo hoje material com declarações do secretário-geral da Interpol, Ronald Noble, em Paris, dizendo que a rede de Bin Laden está preparando "algo inquietante". A entrevista que originou a correspondência da EFE está no Le Figaro, mais exatamente aqui: http://www.lefigaro.fr/international/20021108.FIG0147.html.
Mas prestem atenção neste trecho de uma resposta dada na entrevista: Ces terroristes frappent où ils veulent, quand ils veulent. Ni le Canada, ni l'Afrique noire, ni l'Australie ne peuvent être considérées comme des zones protégées. Consciente du danger, l'Australie vient de dépêcher un policier à Interpol pour travailler uniquement sur le terrorisme. Dès qu'un pays comporte une économie de marché, de gens qui voyagent, des ambassades, un brassage de nationalités, il devient une cible potentielle. Même des individus isolés, comme le journaliste Daniel Pearl, peuvent être visés.
Agora eu pergunto: e o governo brasileiro, está fazendo exatamente algo contra o terrorismo? Pelo que podemos ver em Foz do Iguaçu, absolutamente nada.
Notinha em homenagem ao meu amigo André Felipe Lima, que adora comparações do gênero:
Alguém já percebeu a semelhança física entre o porta-voz do Lula, o André Singer e o Bob Zoellick, o "sub do sub do sub" que nada mais é do que o nº 1 do comércio exterior do governo Bush? Pois botem um bigode no Singer e Lula terá como assessor o chefe da USTR. Assim, não há quem possa com o PT...
Horrorizados diante da vitória de Bush nas eleições americanas, os editorialistas da imprensa comuna brasileira ainda irão gastar muito o teclado para purgar a derrota dos democratas. Para ser justo, apenas a Folha conseguiu manter a frieza diante do resultado eleitoral e em seu editorial de hoje poupa os "falcões". Já O Globo de ontem chega a reclamar que Bush não deverá manter a luta contra o terror limitada ao território americano. Na lógica pueril do editorialista, o terror pode agir sem limites territoriais mas suas vítimas têm que atuar para combatê-lo sem minar seus patrocinadores e suas células ao redor do mundo. Que bela noção de guerra essa.
Para ilustrar o tema, publico abaixo trecho de carta enviada pelo jornalista Paulo Leite, de Washington DC:
Amigos,
Como um radialista brasileiro "auto-exilado" nos Estados Unidos há mais de dez anos, evito ao máximo acompanhar a imprensa brasileira, porque minha pressão já anda meio alta e o masoquismo nunca foi uma de minhas características mais fortes. Mas hoje, curioso de ver a reação de nossos jornais à vitória dos conservadores nas eleições norte-americanas, dei uma passeada pelos sites dos principais jornais brasileiros. Na maior parte deles, encontrei o que esperava. Mas o noticiário - e principalmente o editorial - do Estadão, tão atacado por aí como um jornal "de direita", me chocou. Se o editorial tivesse sido escrito pela assessoria de imprensa do Partido Democrata, não teria saido melhor.
Entre as pérolas do editorial "A 'vitória histórica' de Bush", posso citar:
A acusação ao irmão do presidente é totalmente falsa, e nunca foi feita por aqui (pelo menos de maneira tão direta) a não ser pelos mais desvairados partidários de Gore. As mais diversas organizações de esquerda e a grande imprensa americana (não seriam sinônimos?) cairam como urubús na Flórida após as eleições de 2000, promovendo recontagens dos votos sob os mais diferentes cenários, e nunca conseguiram chegar a um resultado diferente do oficial. Ou seja, Bush foi realmente escolhido pelos eleitores da Flórida e a conversa de que foi "escolhido" ou "apontado" pela Corte Suprema é nada mais que um mito conveniente à esquerda, mas que acaba de ser totalmente desacreditado pelo esmagadora vitória republicana na Flórida.
Outra passagem incrível:
Outra desinformação absurda. As empresas envolvidas em fraudes, como a Enron, contribuiram generosamente para políticos democratas tanto ou mais quanto para republicanos. O comportamento do governo Bush foi irrepreensível durante os episódios de fraude, tanto que o tema nunca conseguiu ganhar tração na campanha, sendo praticamente abandonado pelos democratas.
Cordialmente,
Paulo Leite
Washington, DC
Os leitores devem ter notado que a imagem predominante nos jornais de hoje é a que mostra Lula afagando o presidente da Fiesp em encontro do pacto no Intercontinental, na al.Santos. Pois essa mania do presidente eleito, de tocar no rosto e no pescoço das pessoas é mais uma imitação do estilo de Fidel Castro, de quem Lula já importou o charuto. Leonel Brizola, salvo engano, também tem mania parecida, que revela uma suposta afetuosidade entre os interlocutores. Azar de quem detesta ser tocado desse jeito. Terá coragem de tirar a pata de uma autoridade dessas de suas costas?
Alguém precisa acender as luzes nas redações, na sede da Polícia Federal e no Ministério da Justiça. Existe uma célula da Al Qaeda na fronteira do Brasil com a Argentina e o Paraguai e este fato, gravíssimo, vem sendo tratado com má vontade (PF), preguiça (Jornalistas) e negligência (Governo). Foi preciso que a CNN (Clinton News Network) relatasse recente encontro do Hezbollah (a milícia islâmica que atua no sul do Líbado com apoio da Síria), em Ciudad del Este, com agentes de Osama Bin Laden para que o assunto surgisse no Brasil através da TV Globo, fiel usuária dos serviços noticiosos da emissora de Atlanta.
Hoje, O Globo cita a reportagem e diz que, para a Polícia Federal, não há prova de nada. Alguém então está cochilando lá e isso pode custar muito caro para todos. Mas nada justifica a postura da própria imprensa brasileira, incapaz de investigar o tema e de tentar obter informações a respeito da estrutura terrorista bem debaixo do seu nariz. Aliás, este comportamento negligente da mídia é similar no caso das FARC. Volta e meia, manda-se um sujeito lá na Colômbia conversar com algumas personalidades e fazer uma reportagem padrão, sem maiores trabalhos. E fica por isso mesmo.
A Folha, de quem eu esperava mais empenho, sequer comenta o assunto em sua edição de hoje. Estão racionando energia também lá na Barão de Limeira.
http://www.cnn.com/2002/WORLD/americas/11/07/terror.triborder/index.html
An Israeli doctor says "Medicine in my country is so advanced that we can take a kidney out of one man, put it in another, and have him looking for work in six weeks."
A German doctor says "That is nothing, we can take a lung out of one person, put it in another, and have him looking for work in four weeks."
A Russian doctor says "In my country, medicine is so advanced that we can take half a heart out of one person, put it in another, and have them both looking for work in two weeks."
The Arkansas doctor, not to be outdone, says "You guys are way behind, we recently took a man with no brain out of Arkansas, put him in the White House for eight years, and now half the country is looking for work."
Lutará LulaLá
Lutará LulaLá
O alto gesto do Brasil, audácio viva
O alto gosto da desobediência, na saliva
para a esperança de outros povos oprimidos
O nosso exemplo martelando nos ouvidos
Se o puxa-saquismo brasileiro já era folclórico, ele se tornou agora o emblema do país, com a eleição de Lula. Depois das academias e seus títulos "honoris causa" (a foto do Globo com o Alain Touraine dormindo hoje está impagável), da carta de Frei Betto para a D. Lindu e do Paulo Moreira Leite, Tom Zé, esse estranhíssimo cantor, também deixa sua baba registrada. Ele é o autor de uma composição em homenagem ao presidente eleito, intitulada "Estrela do PT".
Leiam só um trecho, é o bastante:
A Estrela do PT agora inspira outras nações
É a musa do oprimido
desabrochando nas canções
Estou sabendo que ex-anistiados pelo regime militar estão movimentando os bastidores das estatais e dos órgãos públicos em busca do que se convencionou chamar de "boquinha". São os efeitos da vitória do PT entre os "companheiros de luta".
O nome correto do suposto nº 3 da Al Qaeda que teria dado uma entrevista à Al Jazeera é Al Asuqui e não Al Suquf como foi transcrito pelo tradutor das declarações que acabaram circulando por aí.
A entrevista virou motivo de chacota na web e hoje mesmo recebi um e-mail de um leitor reclamando por eu tê-la parcialmente publicado aqui. Bem, e daí? Se tudo for verdade, saberemos dentro de alguns meses. Já falei e repito: impressiona a plausibilidade das afirmações. Mas daí serem elas verídicas, veremos.
A respeito do caso, vejam o que recentemente escreveu o Nahum Sirotsky lá de Israel para o Último Segundo, mais abaixo, em itálico. Se a entrevista é uma patuscada, trata-se de uma patuscada internacional. O fato é que há muito mais coisas que não chegam aos jornais do Ocidente. Um exemplo é a conexão européia da Al Qaeda, cada vez mais maior e mais operante. Mas quem por aqui investiga isso?
O dr. Al Asuqui, terceiro na hierarquia do Al-Qaeda, declarou à emissora al Jazeera que existem 7 ogivas nucleares em solo americano, uma para cada cidade importante do país. Teriam sido compradas no mercado negro durante a queda da União Soviética. Cinco vendidas por russos. Teriam o tamanho de um geladeira. Não seria problema maior fazê-las passar em contêineres. Ainda agora é insignificante a vigilância nos portos. Pagaram-se 200 milhões de dólares por cada uma. Os americanos saberiam que existe a possibilidade de que armas nucleares teriam sido contrabandeadas para o seu país, como declarou Al Asuqui, terceiro no comando da Al-Qaeda, cientista atômico, que tem doutorado em física e mestrado em economia. Ele falou a um repórter da al Jazeera em algum lugar que nem o repórter sabia onde ficava.
A França disse hoje que não não, em hipótese alguma, tem estocado o vírus da varíola. Bem, depois do caso dos passaportes belgas, do latente antiamericanismo alemão e da resistência de Paris e Moscou em apoiar a guerra contra o Iraque, resta a pergunta: dá para acreditar naquilo que diz o sr. Bernard Valero, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da França?
Impressiona como a União Européia tem sido fiel ao jogo da ONU, da mesma forma que seus países não sejam punidos ou advertidos pela patrulha globalista de seus burocratas e de suas inúmeras entidades, cabendo o papel de vilão do mundo apenas aos Estados Unidos. O prestígio da França nas Nações Unidas só é similar ao da China, em que pese o recrudescimento dos atentados aos chamados "direitos humanos" no país mais populoso do planeta.
Aliás, a China comunista fazer parte do "mundo civilizado" da ONU já é uma barbaridade. E com direito a assento no Conselho de Segurança então é algo mais absurdo.
Mas os absurdos são comuns e ultimamente abundam. Hoje o The Guardian alertou o pessoal dos quartéis na Inglaterra que eles poderão frequentar os bancos do TPI, o Tribunal Penal Internacional. O motivo: terão lutado contra Saddam e isso não será perdoado pelas Excelências deste curioso foro da era da globalização
Pela lógica do TPI, Saddam poderá continuar a fomentar o terror impunemente mas ai daqueles que tentarem paralisá-lo...Como vemos, o cerco contra o mundo civilizado, sem aspas, se aperta cada vez mais.
A boa notícia parece vir das urnas americanas. Os Republicanos garantiram o apoio popular a Bush que assim sai fortalecido para a guerra contra o Iraque para decepção de Koffi Anan. O Ramadã começou ontem. Janeiro promete ser quente.
Contribuição da jornalista e tradutora Graça Salgueiro a esta página:
Para quem nunca viu ou ouviu falar sobre a tal "Libreta de Racionamento" cubana, aí está a grande chance. Acesse o link abaixo e entenda porque em Cuba as crianças são desnutridas, todas as bicicletas (o transporte oficial de 99% da população) têm um cestinho coberto na frente, e porque o roubo e a mentira já são quase institucionalizados lá. Cada adulto só tem direito a comer 1 ovo por mês e o leite, que antes só era permitido para crianças de até 7 anos, agora diminuiu um pouco mais, contemplando crianças com no máximo 5 anos de idade. Lula preocupa-se tanto com a fome brasileira e no entanto vive elogiando esse regime como modelo a ser seguido e que estabeleceu quanto e o quê a população pode comer; isso quando tem no mercado para vender.
A população é praticamente forçada a uma dieta vegetariana escassa. O povo é obrigado a criar galinhas em casa ilegalmente (até isso a ditadura proíbe) e fazem hortas nas varandas, sacadas e terraços para obterem alguma subsistência. Como o povo lá não tem como comprar insumos agrícolas, as revistas esquerdistas ficam apregoando as vantagens da "agricultura orgânica praticada em Cuba.
A multidão de militantes que se opõem à agricultura moderna e babam quando aparece um Bové, vibra mal sabendo que Cuba tem um dos maiores centros de engenharia genética da América Latina. Não sei se presta, mas que tem, tem. Para eles, plantações com biotecnologia da Monsanto podem ser destruídas à vontade, mas sobre a biotecnologia patrocinada pela ditadura cubana eles não falam nada.
http://nocastro.com
Vejam por que:
http://www.spectator.co.uk/article.php3?table=old§ion=current&issue=2002-11-02&id=2045&searchText=Belgium
Já que é difícil ir a Cuba, a menos que gozemos do status de um Marcito Moreira Alves, Chico Buarque ou um José Dirceu, é sempre bom receber cubanos em casa para ouvir suas histórias e obter assim as verdadeiras informações a respeito do dia-a-dia na chamada "ilha cárcere".
Néstor e Marisel Fra vivem no Brasil há dois meses. Ele é funcionário de uma consultora multinacional e há dois anos estabeleceu-se com a mulher a filha de três aninhos em Madri. Sua sorte: o pai é espanhol o que "facilitou" sua saída de Cuba. Mesmo assim, nada pode ser considerado fácil para escapar de Fidel em razão das despesas, em dólar, altíssimas para o padrão miserável da população.
Abaixo, alguns relatos dos Fra, feitos em minha casa no sábado à noite:
A Saída - "Só sai de Cuba quem é do partido comunista ou é convidado por um estrangeiro ou alguma instituição que prove o interesse na viagem do cidadão cubano. Os pedidos são analisados pela cúpula do governo e todas as despesas com cartórios e a burocracia dos vistos de saída (US$ 150) correm por conta da pessoa. Um bilhete para Madri, via Ibéria, custa quase mil dólares, uma verdadeira fortuna em Cuba. Médicos e professores ganham em torno de 30 dólares por mês. Levamos aproximadamente cinco meses entre o convite dos meus parentes na Espanha e a nossa saída de Havana.
A Educação - "Estudei (depoimento de Néstor) até os 19 anos na rede educacional de Cuba. O ensino é abrangente mas tudo muito básico. Os problemas estão no aprendizado da História, pró-Revolução. Tudo o que aconteceu em Cuba antes de Fidel assumir é tratado como lixo, desprezado e deturpado para dar ênfase aos "benefícios" dela. Para concluir o ensino médio com louvor, vale recitar poemas e textos exaltando o Comandante. Eu mesmo tive que apelar para isso para que me deixassem em paz. Depois de minha prova oral, soltei um vigoroso "Viva la Revolución!!" e tudo ficou acertado. Outro ponto sempre bem explorado pelos educadores cubanos é o ódio aos Estados Unidos. Aprendemos desde pequeninos a odiar os americanos, responsabilizados por tudo o que ocorre de ruim na Ilha".
Fome e Saúde - "Os cubanos não comem direito. Não diria que a maioria passa fome, não é isso. A maioria come mas não o suficiente. Cada família tem uma caderneta onde são anotados os alimentos que ela pode consumir bem como a quantidade deles. Cada cubano tem direito a um ovo por mês, por exemplo. Por isso, rouba-se muito e mente-se muito também. O regime de Fidel é o regime da mentira. Sem ela, torna-se impossível sobreviver. Quanto ao sistema de saúde pública, os hospitais funcionam precariamente e os médicos passam fome. É comum vê-los chegar ao trabalho de bicicleta sem café da manhã, fracos e muito abatidos. Não sei como conseguem trabalhar".
Digo aos Fra que a imprensa brasileira costuma adular Fidel Castro e que é rara a publicação de depoimentos como estes em jornais e revistas daqui. Eles abrem um sorriso meio decepcionado, meio resignado. É melhor falarmos do Real Madrid, o time de Néstor que agora tem Ronaldinho enquanto Marisel prepara uma lula para o jantar.
A adesão de jornalistas à personalidades do mundo político que alcançam a Presidência da República não é novidade. Mas não devemos confundir os jornalistas que servem diretamente ao presidente com aqueles que praticam sua simpatia e não raro puxa-saquismo dentro das redações. No primeiro caso, Lula tem o seu André Singer. Tancredo teve Antônio Britto, Collor teve Claudio Humberto.
Já quanto à adesão espontânea a uma personalidade, sem vínculos profissionais diretos, são inúmeros os casos. Muitos jornalistas aderem por interesse, seja quem for o chefe de estado. Acham eles que a proximidade com o poder lhes garantirá as melhores informações, as melhores fontes. Outros apegam-se ao presidente por mera adesão interesseira. Trata-se de uma imposição da natureza bajulatória que desconhece a distância profissional, a frieza de tratamento, a formalidade. Basta o futuro presidente aproximar-se do poder que eles começam a rodeá-lo com textos exaltados, onde sobram elogios e em que o menos importante é a fidelidade aos fatos e à biografia do homenageado.
O jornalista que vem me chamando a atenção pela forma descarada com que tem bajulado o presidente eleito é o diretor de redação da revista Época, Paulo Moreira Leite. Ele não é o único. Vaidoso, ele tem aparecido na TV em horário nobre como uma espécie de "garoto propaganda" da publicação dos Marinho.
Não é possível saber ao certo se PML está antecipando-se a uma eventual diretriz das Organizações Globo, de imediata aproximação com Lula, ou se está usando o espaço da "Carta do Editor" aos leitores apenas como um palanque para expressar seu adesismo incondicionado ao novo morador do Alvorada.
Sabe-se da delicada situação financeira dos Marinho. É possível, que, assim como Willian Bonner no Jornal Nacional, PML tenha sido orientado, eventualmente, a puxar o saco do novo presidente, numa demonstração de imensa boa vontade com Lula e o PT, de quem as empresas de comunicação esperam socorro. Mas se tivesse que optar, diria aos leitores desta página que, pelo menos no caso do editor de Época, que o caso é o do mais puro, franco e aberto adesismo babão.
Quem, se não num acesso de babaquice poderia escrever algo como isso?: "Em 2002 os brasileiros fizeram sua parte...Escolheram um presidente que encarna uma legenda que cultiva um padrão ético superior à média dos adversários. Mesmo quem não votou em Lula reconhece que é difícil só achar defeitos graves em sua campanha ou nas administrações petistas".
Ou isso: O presidente eleito repetiu na semana passada que está vivendo um sonho. Boa parte dos brasileiros tem a mesma sensação e isso é muito bom, porque se trata de um sonho popular, de redenção, generosidade e autoconfiança".
O que pode levar um jornalista a escrever estas frases se não a paixão? Paulo Moreira Leite está conduzindo a revista que dirige para a propaganda fantasiada de jornalismo. Seus repórteres e editores não conseguem mais discernir a realidade dos fatos relacionados ao PT e a Lula daquilo que eles representam para uma parcela da população que, verdade, espera a mudança. Mas embaralham esperança com acontecimentos reais. O que está ainda condicionado ao trabalho, com o já realizado.
Que um leitor seja capaz de escrever as frases de autoria de PML, pode-se até entender. Inaceitável, na minha opinião, que um jornalista o faça. Nada contra elogios. Eles fazem parte de uma análise, da mesma forma que as críticas. O problema surge quando a realidade some do horizonte do autor e no lugar dela reina a fantasia, a expectativa de algo ainda não realizado, a renúncia aos mais elementares princípios do bom jornalismo, a imparcialidade crítica, a análise distanciada e abrangente dos acontecimentos, o inestimável confronto de elementos e características favoráveis e contrários a uma personalidade.
PML estará nesta terça, às 15h, dando uma entrevista aos leitores do portal Comunique-se (www.comuniquese.com.br). Taí uma boa oportunidade de saber a razão de tanta paixão por Lula.
Não faz nem um ano. No dia 4 de dezembro de 2001, ou seja, exatos onze meses atrás, o mundo era informado a respeito das declarações feitas por Lula durante reunião do Foro de São Paulo em Havana. Sobre o evento, vejam o que relatou Carlos Tibúrcio, assessor de Comunicação do Instituto Cidadania e presente ao encontro:
"Falando na abertura da reunião do Foro de São Paulo, em Havana, em nome dos partidos e organizações do Cone Sul, Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do honra do Partido dos Trabalhadores, fez um balanço das políticas neoliberais aplicadas na região, disse porque é necessário questionar a imposição da ALCA pelos Estados Unidos e defendeu uma integração soberana e digna dos países da América Latina e do Caribe".
Agora, vejam a declaração final de Lula em que ele faz uma homenagem ao amigo Fidel Castro:
'Obrigado Fidel Castro'. Obrigado por vocês existirem. Vocês dão demonstração todos os dias de que é melhor fazer menos do que poderíamos fazer, de cabeça erguida, do que ceder e perder a auto-estima - é melhor fazer pouco, mas com dignidade. A velhice é implacável: debilita o nosso corpo e enruga a nossa pele - mas a traição aos ideais é pior, porque enruga a própria alma. Embora o seu rosto esteja marcado por rugas, Fidel, sua alma continua limpa porque você nunca traiu os interesses do seu povo."
O Foro de São Paulo é uma entidade que reúne as principais forças revolucionárias do continente. Durante a campanha eleitoral, a existência de tal organismo foi omitida pela imprensa brasileira. Ficou valendo a impressão de que Lula e o PT, em sua suposta guinada ao centro, não pactuam com Fidel Castro nem com Hugo Chavez.
A estratégia do PT para abafar o tema e para tornar Lula um político moderado e maduro aos olhos dos eleitores foi um sucesso. Hoje, quando a imprensa internacional revela este alinhamento do partido com a esquerda mais radical, há quem acredite que tudo não passa de alucinação ou conspiração desta mesma mídia e suas fontes.
Mas eu pergunto: até quando será possível iludir a população?
A respeito da jornalista canadense Isabel Vincent, autora da reportagem do National Post comentada nesta página (ver nota "Os canadenses sabem de tudo"), fui lembrado que:
Ela foi a jornalista que esteve no Brasil e comprovou ao vivo que o casal de canadenses que participou do sequestro de Abilio Diniz não sofria maus tratos na prisão, ao contrário do que propalava a mídia canadense, a família de ambos e diversos parlamentares daquele país, que queriam que ele fosse extraditado para o Canadá.
Isabel Vincent colocou tudo isso em um livro - "Uma Questão de Justiça" - editado no Brasil em 1995. O livro também defende a posição da Justiça brasileira.
Mohammed Al-Asuquf é o nº 3 na rígida hierarquia da Al Qaeda. Recentemente concedeu uma entrevista para a rede de TV do Qatar, a Al-Jazeera. Uma versão em português da entrevista circula na Web entre um número relativamente pequeno de caixas postais. Não se pode garantir sua veracidade mas, caso sejam verdadeiras as declarações, os Estados Unidos vão virar pó em pouco tempo.
Não sei porque a entrevista não está nas manchetes dos jornais. Dizem que ela chegou ao editor-chefe do Al Quds, em Londres, mas não chegou a ser publicada. Há quem acredite que seu conteúdo seria absurdo e pura propaganda pró-terrorismo e não deve ser levado a sério. Para Nahum Sirotsky, ela é legítima e seu conteúdo é conhecido em Israel.
Reproduzo abaixo o trecho que considero mais impressionante. O que chama a atenção é a plausibilidade das afirmações. O que, afinal, teria impedido que bombas nucleares entrassem nos Estados Unidos nos últimos anos?
Al-Jazeera - Como, portanto, a Al Qaeda conseguiria abalar a economia americana a esse ponto?
Al-Asuquf - Provocando um déficit de 50 a 70 trilhões de dólares, o equivalente a o PIB de 5 a 7 anos dos EUA.
Al-Jazeera - Como isto seria feito?
Al-Asuquf - Com a destruição das 7 maiores cidades americanas e mais algumas medidas.
Al-Jazeera - Isto seria feito através de que método?
Al-Asuquf - usando bombas atômicas.
Al-Jazeera - Com toda a segurança nos EUA como, hipoteticamente, estas bombas seriam lançadas em solo americano?
Al-Asuquf - Elas não serão lançadas, elas já estão lá.
Al-Jazeera - O que o senhor está dizendo?
Al-Asuquf - Já existe 7 ogivas nucleares em solo americano que foram colocadas antes do 11 de setembro e estão prontas para serem detonadas.
Al-Jazeera - Como elas entraram nos EUA?
Al-Asuquf - Antes do 11 de setembro a segurança americana era um fiasco, e mesmo depois, se fosse necessário, também conseguiríamos colocar as bombas nos EUA. Elas entraram através dos portos marítimos, como cargas normais.
Al-Jazeera - Como isto é possível?
Al-Asuquf - Uma ogiva nuclear não é maior que uma geladeira, portanto, pode ser facilmente camuflada como uma. Em um porto marítimo chegam milhares de contêineres por dia, por mais eficiente que seja a segurança, é impossível checar, vasculhar e examinar cada contêiner.
Al-Jazeera - De onde vieram estas bombas atômicas?
Al-Asuquf - Foram compradas no mercado negro.
Al-Jazeera - De quem?
Al-Asuquf - Da antiga URSS compramos 5 e do Paquistão mais 2.
Al-Jazeera - Como é possível comprar uma bomba atômica, não existe segurança?
Al-Asuquf - Antes de 1999 era praticamente impossível, porém após a queda do muro de Berlim, o exército russo entrou em um processo de autofagia e alguns generais de alto escalão começaram a perder seus privilégios, portanto, ficaram altamente susceptíveis as corrupções. O próprio General Lebeb, já falecido, e o chefe da comissão de inspetores de armas da ONU, Hans Blix já sabiam disto, apesar do ministro da defesa russo, Serguey Ivanov negar.
Al-Jazeera - Quanto custa uma bomba buclear?
Al-Asuquf - Algo em torno de 200 milhões de dólares.
Al-Jazeera - Como a Al Qaeda conseguiu este dinheiro?
Al-Asuquf - Temos vários patrocinadores.
Al-Jazeera - Quem são eles?
Al-Asuquf - Existem vários países que nos patrocinam e mais algumas pessoas muito ricas.
e-mail - guidalli@gmail.com
Editor: Sandro Guidalli